Após todos os desafios da pandemia, o projeto Jovem Chef, iniciado em 2019, chega ao final de 2022 celebrando a formatura de 133 jovens, sendo que 75 deles estão hoje inseridos no mercado de trabalho.

O projeto é resultado de uma parceria entre a instituição Movimento Assistencial Espírita Maria Rosa e a Fundação FEAC e proporciona capacitação profissional para o trabalho na área de gastronomia.

O público-alvo dos cursos são jovens em vulnerabilidade social que vivem no município de Campinas. Deu tão certo, que o projeto se tornou uma referência para o setor de bares, restaurantes e hotéis na hora de contratar um profissional.

“Neste ano, a oferta de vagas em estabelecimentos parceiros se tornou maior do que o número de jovens formados, confirmando que o mercado tem abraçado estes jovens profissionais que passaram por esse tipo de capacitação”, explica a coordenadora Kelly Cristina Parro Silva, da instituição M.A.E. Maria Rosa.

Ela acompanha o projeto de perto desde o início e é a convidada da edição de outubro do FEAC na Escuta. Apresentação de Natália Rangel.

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Após todos os desafios da pandemia o projeto Jovem Chef iniciado em 2019 chega ao final de 2022 celebrando a formatura de 133 jovens, sendo que 75 deles estão hoje inseridos no mercado de trabalho. O projeto é resultado de uma parceria entre a instituição Movimento Assistencial Espírita Maria Rosa e a Fundação FEAC e proporciona capacitação profissional para o trabalho na área de gastronomia o público-alvo dos cursos são jovens em vulnerabilidade social que vivem no município de Campinas.
 
Deu tão certo que o projeto se tornou uma referência para o setor de bares, restaurantes e hotéis na hora de contratar um profissional. A coordenadora da instituição Kelly Cristina Barros Silva acompanha o projeto de perto desde o início e ela é a convidada da edição de outubro do FEAC na Escuta.

Pergunta: Como nasceu a ideia do projeto Jovem Chef?

Resposta: Ele surgiu em meados do ano de 2019 quando nós identificamos a possibilidade de escrita no edital do Juventude da Fundação FEAC. Hoje nós já estamos na nona turma. Encerramos oito turmas e estamos encaminhando aí para o final da nona turma. Então foram nove turmas como a média de 15 participantes né com um total de 133 jovens passando pelo projeto. E desses 133, 75 deles foram encaminhados ao mercado de trabalho.
 
Pergunta: Como o tema do projeto está  conectado à história da instituição?
Kelly Cristina Barros Silva: A área da Gastronomia foi pensada porque a Celina Dias, filha da fundadora e nutricionista, nós vínhamos fazendo alguns diálogos há algum tempo, pensando que 55 anos atrás o trabalho da instituição se iniciou com a dona Vandir Dias, mãe da Celina, doando sopa. Celina vinha nessa inquietação de fazer algo novo nesta área da gastronomia. Aí surgiu o edital do Juventude da Fundação FEAC e pensamos  em um projeto que pudesse contribuir com a alimentação saudável, acessível e que os jovens conseguissem também aprender.
 
E acabamos escrevendo e o projeto ganhou outra proporção. Acho que caminha assim a história dessa linha do tempo. A instituição que começa dando sopa depois ela passa a execução de políticas públicas de assistência social e que hoje a gente consegue desenvolver um projeto na área de gastronomia com que as pessoas tenham acesso e aprendam a cozinhar e ter isso como profissão aí para o mundo do trabalho também.
 
Pergunta: E qual foi o resultado? Kelly conta que eles ficaram muito surpreendidos com o interesse despertado pelo projeto 
Kelly Cristina: Olha, a gente tem um objetivo no projeto que são jovens de 15 a 24 anos que vivem em situação de vulnerabilidade social né que era prioritariamente da Região Norte de Campinas quando a gente divulga o projeto nós somos muito surpreendidos porque teve procura de Campinas inteira. Então hoje nós atendemos Campinas inteira né, no projeto, e jovens que vivem em situação de vulnerabilidade social. Alguns que acabam
buscando emprego para que possa contribuir no sustento da casa e alguns que também já são independentes e que usam do empreendedorismo ou da vaga mesmo de emprego para sua sobrevivência.
 
Pergunta: As empresas bares e restaurantes procuram o projeto para efetivar uma contratação?
Kelly Cristina: Sim, o resultado que a gente identifica de forma muito clara é que o projeto ele tinha o objetivo que era a formação na área da Gastronomia e a qualificação desse trabalho, dessa mão de obra. E um dos objetivos do projeto era encaminhar para o mundo do trabalho ou fomentar o empreendedorismo no mundo do trabalho. A gente sabia que teria que fazer contato com empresas, dizer ‘olha eu tenho jovens formandos, estamos formando jovens na área da Gastronomia e queríamos que vocês dessem uma oportunidade para esses jovens para que eles pudessem entrar no mercado de trabalho, na área da Gastronomia.
 
E foi muito interessante porque a gente nunca precisou fazer isso. As empresas e os restaurantes eles foram chegando para gente por intermédio de pessoas que viram na Fundação FEAC, que viram no site da FEAC, que viram no nosso Instagram. E aí os bares e restaurantes chegam para gente fazendo essa solicitação ‘olha, a gente está precisando de contratar auxiliar de cozinha, está precisando de contratar garçom. O resultado para a gente é um avanço muito grande né do que era o nosso objetivo. E a gente consegue cumprir assim com muita tranquilidade. Ao invés de buscar as empresas, os bares e restaurantes chegam até nós pedindo essa mão de obra

Pergunta: Qual o impacto social dessa capacitação junto a essa população jovem?

trabalha como auxiliar de cozinha no Hotel Vitória. Teve o brownie da Paulienne que também é empreendedora e trabalha hoje na cozinha da instituição. Teve sequilhos, bolachinha banhada no chocolate, que é de uma garota que está cursando ainda essa turma e já faz para vender aqui no bairro mesmo, no Vila Esperança.
 
E o Eric com os pães. Ele vem de uma família que já fazia pão. O sustento da casa toda vem da venda de pães e o Eric quando ele se inscreve no curso de gastronomia pensando que ele poderia agregar outras coisas.  Fazer outros tipos de pães para o sustento da família também. Eles trabalham todos juntos e a sobrevivência da família venda daí.  E ele vem ampliando aí com pão doce,  aquelas carolinas de açúcar. Para ele foi uma descoberta e foi para agregar mesmo. Toda a equipe se prepara agora para formatura da última turma do ano que acontece em dezembro. Este é um momento que é construído com os jovens e que eles decidem cardápio quem que vai chamar de convidado. Eles mesmo se organizam para fazer apresentação nesse momento, que é o último encontro.
 
Pergunta: Quais os próximos passos do projeto Jovem Chef?
trabalho, sobre entrevista, precificação A ideia é que a gente traga para o presencial também dentro dessa carga horária e que a gente possa
evoluir aí com alguns ajustes que a gente acha super importante para evolução do projeto.

Este foi o FEAC na escuta. Para mais informações visite www.feac.org.br

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Sobre o FEAC na escuta

O FEAC na escuta é o podcast da Fundação FEAC. Traz entrevistas, ideias e informações com o objetivo de contribuir para criação de uma sociedade mais justa, sustentável e com igualdade de oportunidades.

A cada quinzena abordaremos temas relacionados a educação, assistência social e promoção humana com foco nas regiões e nas populações mais vulneráveis e no impulsionamento de organizações da sociedade civil, empresas e pessoas para as causas sociais.