
O Programa Mobilização para Autonomia (MOB) da Fundação FEAC tem por objetivo assegurar a inclusão efetiva das pessoas com deficiência. Dedica-se a romper barreiras para que elas possam participar da sociedade e exercer plenamente seus direitos.
As dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência são, muitas vezes, resultado da forma pela qual a sociedade lida com as limitações funcionais. À medida que se avança em acessibilidade, tecnologia assistiva e respeito à diversidade, as limitações passam a ser cada vez menos impeditivas. Ou seja, ao atuar na remoção desses obstáculos, são criadas condições para mais autonomia e a inclusão efetiva da pessoa com deficiência na sociedade.
O Programa Mobilização para Autonomia considera que autonomia é a capacidade do indivíduo de lidar com sua rede de dependências, o que não significa ser independente. As redes de dependências que cercam o indivíduo são condições externas a ele. Portanto, o indivíduo autônomo é aquele que tem conhecimento, informação e condições de participar e, assim, interferir em sua rede de dependências.
Nesse sentido, é necessário tornar a acessibilidade intrínseca aos mais diversos projetos para garantir que qualquer pessoa possa participar dos espaços, ter acesso às informações e se comunicar. Também é preciso incentivar o desenvolvimento e a disseminação da tecnologia assistiva, que minimiza ou remove algumas barreiras.
Da mesma forma, deve-se estimular a mudança na postura da sociedade em relação às pessoas com deficiência, decorrentes do desconhecimento e do preconceito. Essas barreiras de atitude são especialmente desafiadoras porque limitam os investimentos para a remoção dos outros obstáculos.
O Programa Mobilização para Autonomia integra a dimensão de trabalho Empoderando populações vulneráveis da Fundação FEAC.
Fundação FEAC e as pessoas com deficiência
O tema pessoas com deficiência já era pauta da Fundação FEAC desde 1999, com o Projeto Viva (Vida Independente para Viver o Amanhã). A iniciativa aglutinou diferentes atores sociais para promover a inclusão dessas pessoas com foco na autonomia. Além disso, investiu no processo de sensibilização sobre a temática da inclusão profissional e educacional, de acordo com o conceito e os parâmetros da época.
A partir de 2015, o MOB passou a criar e assessorar projetos em parceria com as OSC de Campinas, com o objetivo de criar condições para que pessoas com deficiência tenham mais autonomia e, por consequência, maior qualidade de vida e participação social, ou seja, uma inclusão efetiva. Esse trabalho teve início com um estudo no município de Campinas que resultou na publicação Panorama da pessoa com deficiência.
A publicação apontou desafios que determinaram os objetivos estratégicos do MOB, que também foi responsável pela organização da obra Lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência – LBI comentada, lançada em 2016, considerada referência sobre os direitos da pessoa com deficiência.

Eixo:
Inclusão no trabalho
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Objetivo:
Pessoas com deficiência trabalhando, com equidade, garantindo sua inclusão social e econômica
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Desafios:
• Mais vagas para pessoas com deficiência, para além da política de cotas.
• Barreiras para a efetiva inclusão produtiva eliminadas.
Eixo:
Pertencimento ao território
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Objetivo:
Pessoas com deficiência convivendo no território para reduzir desigualdades e efetivar a inclusão social.
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Desafios:
• Conceito de acessibilidade incorporado ao planejamento urbanístico e dos equipamentos públicos.
• Soluções efetivas para a inclusão da pessoa com deficiência à vida comunitária.
Eixo:
Educação Inclusiva
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Objetivo:
Alunos com deficiência recebendo educação de qualidade, em um ambiente inclusivo, que contribua para sua autonomia.
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Desafios:
• Inclusão internalizada no cotidiano da escola.
• Recursos para inclusão ampliados e otimizados.
Eixo:
Rede de cuidados em saúde
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Objetivo:
Rede de cuidados em saúde promotora da qualidade de vida e capacidade funcional da pessoa com deficiência.
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Desafio:
Efetividade do atendimento especializado às pessoas com deficiência.
Gestão do Cuidado – APAE
Pessoas com deficiência intelectual com diagnóstico precoce e adequado, possibilitando seu acesso a programas de estimulação precoce, habitação/
reabilitação, serviços, benefícios e direitos.
Quebrando as Barreiras da Comunicação entre Ouvintes e Surdo – APASCAMP
Barreiras na comunicação entre ouvintes, surdos e pessoas com deficiência por meio da utilização da Língua Brasileira de Sinais, eliminando quaisquer formas de exclusão e/ou marginalização.
Modelo de reabilitação híbrido para grandes incapacitados – Boldrini
Pessoas com deficiência física reabilitadas e autônomas, com equidade, igualdade e efetividade, através da implantação de um ambiente híbrido, adequado às suas necessidades, com ampliação do atendimento, envolvimento dos pacientes e acompanhantes no atendimento presencial e à distância.
Acessibilidade em Movimento – Centro Cultural Louis Braille de Campinas
Comunidade consciente dos reflexos de suas ações, reduzindo preconceitos e barreiras. Pessoas Com Deficiência Visual atuantes na sociedade em igualdade de condições.
Ampliando horizontes: vendo e ouvindo sonhos – CAIS
Pessoas com surdocegueira identificadas e em atendimento especializado com ganhos em sua autonomia e independência.
Conviver para incluir – CEI
Pessoas com deficiência utilizando os recursos disponíveis no território, potencializando sua autonomia e vivenciando experiências que diminuam sua dependência e o isolamento social, fortalecendo seus vínculos familiares e comunitários.
Mercado de Trabalho
Inserção da pessoa com transtorno do espectro autista no mercado de trabalho, trabalho executado pela Associação para o Desenvolvimento dos Autistas de Campinas (Adacamp).
CONECTA-IN: Empregabilidade e Inclusão – AEDHA
Pessoas com deficiência incluídas no mercado de trabalho, com equidade, tornando-se socialmente e economicamente ativas.
Salas de Recursos da rede estadual de ensino: estudo de caso do município de Campinas – Instituto Rodrigo Mendes
Alunos com deficiência incluídos e com suas potencialidades identificadas em salas de recursos multifuncionais.
Território de Todos – Fundação Síndrome de Down
Pessoas com deficiência com acessos mais efetivos à rede de atendimentos, com as suas necessidades compreendidas e atendidas na medida de sua singularidade, com maiores graus de convívio social e comunitário e maior rede afetiva de ajuda mútua na comunidade, e assim efetivamente incluídas.
Para Além dos Muros – Instituto Campineiro dos Cegos Trabalhadores
Pessoas com deficiência visual autônomas e conscientes de seus direitos e suas potencialidades, frequentando espaços públicos e do território, ampliando sua convivência comunitária e familiar.
Oficina Locomover – Casa da Criança Paralítica de Campinas
Pessoas com deficiência física vivendo com maior participação social, saúde e segurança.
Mobilidade – Eixo para autonomia e qualidade de vida das pessoas com deficiência visual – Pró- Visão Sociedade Campineira de Atendimento ao Deficiente Visual
Pessoas com Deficiência Visual habilitadas com mobilidade segura, autonomia e independência, para superação das barreiras de isolamento social, com novas habilidades utilizando equipamentos públicos de convivência, incluído na sociedade e com melhor qualidade de vida.
Saúde bucal: hábitos de higiene ajudam reabilitar vidas – SOBRAPAR
Processos de reabilitação craniofacial eficazes e humanizados, baseado na excelência de atuação da equipe multidisciplinar e na auto responsabilização dos pacientes e seus cuidadores.
Pesquisa Violência e pessoa com deficiência – PUC Campinas
Pessoas com deficiência vivenciando uma vida sem violência.