Anna Helena Altenfelder, superintendente do Cenpec e integrante do Movimento pela Base Nacional Comum, estará presente ao evento

A terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi entregue no início do mês de abril pelo Ministério da Educação (MEC) ao Conselho Nacional de Educação. Esta é a etapa final da elaboração do documento, que define conteúdos e habilidades a serem desenvolvidos na educação básica das escolas públicas e privadas do país.

A partir de agora, cabe ao CNE – órgão que tem a função de formular, analisar e monitorar o cumprimento da política nacional de educação – avaliar o documento e realizar as alterações que julgar pertinentes e encaminhá-lo para homologação de Mendonça Filho, ministro da Educação. Isto deve ocorrer no segundo semestre de 2017, após a realização de algumas audiências públicas.

Após a homologação, o processo entra na fase de implementação da Base, que inclui a adequação dos currículos das redes e dos projetos políticos pedagógicos das escolas, a formação continuada dos professores e a adequação dos materiais didáticos. A previsão do MEC é que esta fase dure pelo menos dois anos.

É justamente sobre os desafios e perspectivas da implantação da BNCC que o Encontro Mensal do Compromisso Campinas pela Educação (CCE) irá tratar na noite desta quinta-feira, dia 27 de abril, a partir das 19h, no auditório da Fundação FEAC. A convidada para refletir sobre o tema é Anna Helena Altenfelder, superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) e integrante do Movimento pela Base Nacional Comum. Anna é pedagoga com especialização em psicopedagogia pelo Instituto Sedes Sapientiae e mestre e doutora em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Segundo Anna Helena, a construção da Base Nacional Comum Curricular é um passo importante para assegurar o direito de aprender a todos os estudantes brasileiros. O documento visa garantir que cada aluno – independentemente do local onde mora, de sua raça, gênero, orientação sexual, etnia ou condição social – tenha acesso ao mesmo conjunto de conhecimentos e de práticas culturais, fundamentais para o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. O documento deverá nortear não apenas os currículos das redes e sistemas de ensino e os projetos político pedagógico de cada escola, como também as políticas de formação inicial e continuada dos docentes, de avaliação e de materiais didáticos.

Porém, de acordo com a especialista, apenas a elaboração da base não é condição suficiente para que o país ofereça uma educação de qualidade a todos. “Seu sucesso dependerá de sua implementação, que deverá ser acompanhada de outras políticas sólidas que assegurem que escolas e redes de ensino tenham as condições necessárias para alcançar os mesmos objetivos propostos. Isto requer políticas de desenvolvimento profissional, que incluam plano de carreira, valorização e remuneração de docentes e infraestrutura adequada nas escolas”, avaliou.

Encontros Mensais

Com o objetivo de evidenciar e promover debates e reflexões sobre temas atuais e relevantes da área educacional, os Encontros Mensais do CCE já se tornaram referência para o público que prestigia o calendário de palestras voltadas ao tema e causa Educação. Educadores e demais interessados são presenças constantes nos Encontros, que são realizados geralmente na última quinta-feira de cada mês. Neste ano, os Encontros Mensais serão eventos preparatórios para a 8ª edição da Semana da Educação de Campinas, que acontecerá em setembro.
O evento é gratuito e aberto ao público. As vagas são limitadas e preenchidas por ordem de chegada. Certificados são emitidos posteriormente a quem solicitá-los.

A Fundação FEAC fica na Rua Odila Santos de Souza Camargo, 34, Jardim Brandina, Campinas/SP.

Informações: (19) 3794 3512 ou [email protected]