PROJETO
Assessoramento para implantação da Lei da Escuta Protegida
24 meses
O projeto tem como objetivo assessorar o município de Campinas na Implementação da Lei da Escuta Protegida (Lei 13.431/2017) e suas normativas para a materialização da proteção integral de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência no acolhimento e atendimento a esta população. Esta assessoria se dará através da condução compartilhada com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do município de Campinas, tendo como público das ações do projeto: (i) atores do Sistema de Garantia de Direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência (público direto); (ii) crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência do município de campinas (público indireto).
O projeto será executado durante 24 meses (vinte e quatro meses) e seguirá um processo metodológico dividido em 03 eixos estratégicos de atuação:
O eixo estratégico 1 é de articulação e Interlocução com parceiros. Será contínuo e transversal a todo o projeto, tem como objetivo dar concretude a condução compartilhada do projeto entre a Childhood Brasil e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de do município de Campinas, assim como a interlocução e acordo com os envolvidos no projeto. Este eixo se desdobrará nas em atividades como: reuniões com os parceiros do projeto, consolidação dos canais de comunicação para apresentação de atas, compartilhamento dos resultados do eixo estratégico 2 (Execução), síntese de oficinas e instrumentais de monitoramento de execução do projeto.
O eixo estratégico 2 é a execução do projeto. Será desenvolvido durante 18 meses (dezoito meses) do projeto, através de 3 (três) macro atividades: Consolidação dos fluxos de atendimento integrado através da realização de oficinas para a apresentação da sistematização dos resultados e finalização de pactuações advindas do processo de elaboração dos fluxos de atendimento integrado, Realização das oficinas de segmentos e intersegmentos para a elaboração e consolidação do protocolo único de atendimento integrado, com base nos materiais já colhidos nas oficinas de elaboração dos fluxos e realização do processo de engajamento e formação dos multiplicadores da Lei da Escuta Protegida.
O eixo estratégico 3 é a consolidação e avaliação. Este eixo será desenvolvido durante os 6 meses (seis meses) finais do projeto, através de 6 (seis) macro atividades: sistematização, pactuação e validação do protocolo unificado de atendimento integrado pelos interlocutores do projeto – Comitê de Gestão Colegiada da Rede de Cuidado e de Proteção Social de Crianças e Adolescentes Vítimas ou Testemunhas de Violência de Campinas e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA); apoio na elaboração e publicação da resolução do CMDCA sobre os fluxos e protocolos de atendimento dos órgãos do Sistema de Garantias de Direitos da Criança e do Adolescente Vítima ou Testemunha de Violência, consolidação junto aos multiplicadores dos materiais construídos no município (kit multiplicadores da Lei da Escuta protegida) para fomento da Lei e suas normativas; realização de oficina de avaliação do Projeto junto aos parceiros; realização de encontro para a finalização do projeto com apresentação de boas práticas e lições aprendidas, publicização de materiais e ações realizadas pelo projeto
Data de início do projeto
20/06/2024
Data finalização
30/06/2026
Objetivo programático
Mudança de paradigma nas práticas de atendimento dos órgãos, instituições e serviços que compõe a Rede de Proteção de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência, conforme preconiza a Lei 13.431/2017 – de forma célere e não revitimizante.
OSCs envolvidas
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do município de Campinas
Município de Campinas
Executora: Childhood Brasil
Áreas de Atuação
Assistencia Social – porém possui interlocução com todos os segmentos do SGDCA – sistema de garantia de direitos da criança e dos adolescentes.
Abrangência Geográfica
Município de Campinas
Fontes de Financiamento
Fundação FEAC e contrapartida econômica da proponente
Equipe Envolvida
A equipe de execução é composta por 11 profissionais que atuarão de forma integral e pontual nas ações, articulações, cursos e consultoria ofertados no projeto.
Principais atividades realizadas
Ciclo 1 – Consolidação dos Fluxos de Atendimento Integrado
1.a. Reuniões com os parceiros do projeto – Comitê de Gestão Colegiada da Rede de Cuidado e de Proteção Social de Crianças e Adolescentes Vítimas ou Testemunhas de Violência de Campinas e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) – para a apresentação de metodologia, alinhamento de compromisso das partes envolvidas; elaboração e pactuação do plano de trabalho do Comitê, do cronograma do Projeto 2, e sobre a execução das oficinas de consolidação dos fluxos de atendimento integrado construídos através das oficinas unilaterais e bilaterais do Projeto 1.
1.b. Consolidação, validação dos fluxos de atendimento integrado e apresentação de resultados obtidos através da realização de oficinas com os atores do SGD e parceiros do Projeto.
Ciclo 2 – Elaboração e consolidação de Protocolos de Atendimento
Este eixo será desenvolvido durante os 6 meses (seis meses) após o ciclo 1 do projeto, através das atividades:
2.a. Reuniões com os parceiros do projeto – Comitê de Gestão Colegiada da Rede de Cuidado e de Proteção Social de Crianças e Adolescentes Vítimas ou Testemunhas de Violência de Campinas e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) – para a apresentação dos resultados do Ciclo 1, alinhamento estratégico e execução das atividades do Ciclo 2.
2.b. Realização das oficinas de segmentos e intersegmentos para a elaboração e consolidação do protocolo único de atendimento integrado, com base nos subsídios gerados no Ciclo 1.
2.c. Consolidação e harmonização do texto do Protocolo e validação pelo Comitê Gestor.
Ciclo elaboração 3 – Realização do curso de multiplicadores da Lei da Escuta Protegida, e implantação de mecanismo de gestão de casos.
Este eixo será desenvolvido durante em 6 meses (seis meses) após o ciclo 2, através das atividades:
3.a. Início do processo de indicação e engajamento dos multiplicadores da Lei da Escuta Protegida, priorizando a participação de atores das OSCs, através de reuniões com os parceiros do Projeto.
3.b. Início do curso de formação para multiplicadores da Lei da Escuta Protegida.
3.c. Conclusão do curso de formação e apresentação dos projetos de multiplicadores.
3.d. Escolha e implantação de um mecanismo de gestão, monitoramento e avaliação dos casos atendidos.
Ciclo 4 – Consolidação e Avaliação do Projeto
Este eixo será desenvolvido durante os 6 meses (seis meses) finais do projeto, através de 6 (seis) macro atividades:
4.a. Desenho de estratégia para disseminação e capacitação dos atores do SGD dos fluxos e protocolos de atendimento, tendo como principais articuladores desse processo, os multiplicadores formados.
4.b. Apoio na elaboração e publicação da resolução do CMDCA sobre os fluxos e protocolos de atendimento dos órgãos do Sistema de Garantias de Direitos da Criança e do Adolescente Vítima ou Testemunha de Violência.
4.c. Realização de oficina de avaliação do Projeto junto aos parceiros, com lições aprendidas.
4.d. Realização de Seminário para a finalização do projeto e publicização de materiais e ações realizadas.
População-Alvo
Quanto ao público beneficiário direto do projeto, são as secretarias do poder executivo, Conselhos Tutelares, Conselho de Direitos, Organizações da Sociedade Civil que realizam atendimento direto que são conveniadas ou não com o município, órgãos do Sistema de Justiça e Segurança Pública, representado por 100 profissionais. O público beneficiário indireto deste projeto será o de aproximadamente 258.499 crianças e adolescentes.
A escolha deste público justifica-se pela Lei 13.431/2017, a 8.609/1990 e o Decreto 9.603/2018 caracterizar em suas disposições legais esses atores como componentes do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente Vítima ou Testemunha de Violência, atribuindo-lhes uma série de obrigações e normas para a sua atuação junto a população infanto-juvenil.
Número de Beneficiários
Quanto ao público beneficiário direto do projeto, são as secretarias do poder executivo, Conselhos Tutelares, Conselho de Direitos, Organizações da Sociedade Civil que realizam atendimento direto que são conveniadas ou não com o município, órgãos do Sistema de Justiça e Segurança Pública, representado por 100 profissionais. O público beneficiário indireto deste projeto será o de aproximadamente 258.499 crianças e adolescentes.
Indicadores de Sucesso
1. SEGMENTOS DO SGD ATUANDO NOS CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE ACORDO COM AS DIRETRIZES DA LEI DA ESCUTA PROTEGIDA
2. PROJETOS DE MULTIPLICAÇÃO DA LEI DA ESCUTA PROTEGIDA CONSOLIDADOS NOS ESPAÇOS INSTITUCIONAIS E ORGANIZACIONAIS
3. PUBLICAÇÃO DA RESOLUÇÃO DO CMDCA REFRENTE AOS FLUXOS E PROTOCOLOS DE ATENDIMENTO DOS ÓRGÃOS DO SGDCA
Sustentabilidade do Projeto
No que se refere à atenção integral às situações de violência sexual, é imprescindível o envolvimento dos diversos entes do município, considerando suas atribuições e seu papel na garantia dos direitos humanos das crianças e adolescentes. Portanto, um primeiro passo do projeto será o investimento na articulação e mobilização das forças locais, através do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente do município de campinas e com o Comitê de Campinas da Rede de Cuidado e Proteção Social de Crianças e Adolescentes Vítimas ou Testemunhas de Violência. Também este projeto investirá na capacitação e formação de multiplicadores da Lei da Escuta Protegida, oferecendo também materiais didáticos para que possam disseminar a Lei e monitorar as ações e diretrizes da mesma.
Observações Adicionais
A condução é compartilhada entre a Childhood Brasil e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do município de Campinas
Fase 1: 23/ 08/ 2021 a 27/05/2024
Fase 2: 20/06/ 2024 a 23/08/2026
O desafio que queremos superar com o projeto:
Evitar o processo de revitimização de crianças e adolescentes em situação de violência quando são atendidas na rede de proteção (através dos diversos serviços do sistema de justiça, segurança pública, saúde, educação e assistência social)
Efetivar intervenções da Rede de Proteção mais rápidas e adequadas para esta população, fazendo com que haja menos sofrimento
Incidir sobre os índices de responsabilização dos agressores, na perspectiva de reduzi-los.
O que é a Lei da Escuta Protegida:
A implementação da Lei 13.431/2017 (a Lei da Escuta Protegida) busca incidir na prevenção de violências contra crianças e adolescentes e busca a proteção, responsabilização e reparação dos direitos após o fato ocorrido. Este processo iniciou-se no município no ano de 2021 através do projeto “MUNICÍPIO LIVRE DE VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: CUMPRIMENTO DAS METAS DO ODS”
O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Campinas passou a ser o coordenador/articulador deste projeto. Seus resultados foram: a. Constituição do Comitê de Gestão Colegiada da Rede de Proteção de Campinas (SP), b. Mapeamento dos fluxos praticados no município de Campinas; c. Elaboração dos Fluxos de Atendimento Integrado de cada segmento; d. Realização de oficinas multilaterias/bilaterais para a validação e pactuação dos fluxos intersegmentos.
Resultados até aqui:
01 Comitê criado (comitê de Gestão Colegiada da Rede de Cuidado e de Proteção Social de Crianças e Adolescentes Vítimas ou Testemunhas de Violência de Campinas – SP)
101 profissionais da Rede de Proteção formados pelo “Crescer Sem Violência”
95 profissionais capacitados no Seminário Implementação da Lei 13.431/2017
07 segmentos engajados (CDMCA, Secretaria de Educação, Secretaria de Saude, Secretaria de assistência social, Conselho Tutetar, Segurança Pública e Poder Judiciário)
10 Oficinas realizadas para a construção dos fluxos de Atendimento
100 profissionais envolvidos nas oficinas
04 fluxos pactuados (saude, educação, assistencia social e conselho tutelar )