A inovação sempre esteve presente na trajetória da Fundação FEAC, desde a fundação, em 1964. Ela é o fundamento que garantiu os melhores resultados a seu trabalho de promoção do desenvolvimento social na cidade de Campinas, durante quase seis décadas, servindo de exemplo para instituições de todo o Brasil.

É uma história que começa no início da década de 1960 (veja nossa linha do tempo). Nessa época, as instituições dedicadas a causas sociais costumavam agir isoladamente e o envolvimento da sociedade em geral se limitava a eventos beneficentes para arrecadar recursos para obras sociais – formas limitadas de atuação, embora importantes.

A inquietação com esse cenário levou um grupo de instituições de Campinas a inovar. A proposta era buscar uma atuação articulada, centralizando a arrecadação de recursos, o apoio técnico profissional a entidades assistenciais e o estímulo ao voluntariado, algo totalmente inédito no Brasil.

Foto preto e branca de 1964 mostra um conjunto de oito pessoas, entre homens e mulheres adultos. Ao centro, um homem grisalho e de terno, lê com um papel na mão enquanto os outros o observam

A criação da Fundação FEAC, em 1964: aposta na articulação das entidades de Campinas

Doação patrimonial e décadas iniciais

O projeto se tornou realidade quando o casal Odila e Lafayette Álvaro doou a Fazenda Brandina a esse grupo de instituições, garantindo o patrimônio necessário para que se criasse a Fundação FEAC.

Na década de 1970, a Fundação já contava com 35 entidades integradas a seu modelo de atuação em rede. Foi nessa época que redirecionou sua missão, adotando causas relacionadas à defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.

Na década de 1980, aproveitando os frutos da gestão do patrimônio com que foi criada, a FEAC ampliou a rede de instituições parceiras, que chegaram a 95 em 1990. Nesse período, seu foco voltou a ser a prestação de serviços e assessoramento técnico, financeiro e administrativo às entidades assistenciais, para contribuir com o fortalecimento do terceiro setor.

Ênfase nos direitos

Com a promulgação da Constituição de 1988 e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, a perspectiva assistencialista deu lugar ao conceito de que crianças e adolescentes são sujeitos de direitos, que devem ser defendidos. Essa nova concepção levou a uma evolução na forma de agir da Fundação. A FEAC passou então a atuar pela melhoria da educação pública em Campinas, contribuindo tecnicamente com o Programa Para Educação Integral e articulando o Compromisso Campinas pela Educação.

Nos anos 2000, a FEAC mudou mais uma vez para se adaptar a uma nova visão sobre assistência social, concentrando-se na eficiência de políticas públicas. Nesse contexto, apoiou as entidades de Campinas na adaptação ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e ao Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC).

A partir de 2003, a Fundação passou a atuar também em prol da primeira infância (0 a 6 anos). O foco inicial foi incentivar o envolvimento da família no processo de desenvolvimento da criança. Depois, foi apoiada uma série de iniciativas que destacaram a importância de um olhar integral para esse tema.

Orientação a programas: uma nova forma de agir

Em 2018, em consonância com as novas demandas sociais e as referências mundiais para o terceiro setor, a Fundação FEAC reorganizou seus investimentos sociais em programas. Dessa forma, sua atuação em rede é potencializada pela cocriação de vários projetos que fortalecem antigas parcerias e possibilitam novas cooperações.

Atualmente, as propostas buscam inovar nos temas trabalhados, de forma a ampliar os impactos sociais positivos das ações.