Debate integrou a programação do Campinas Innovation Week, que contou com a presença de lideranças para discutir temas de relevância para a sociedade

A inovação é sinônimo de evolução, de crescimento, de novas ideias que surgem para resolver problemas ou apontar melhores caminhos para o futuro. Ela também pode impactar positivamente a geração de empregos, a economia, o desenvolvimento de produtos e soluções, além de impulsionar empresas e comunidades, cidades e países. Pode ser também uma importante aliada para o desenvolvimento territorial. O assunto foi tratado no painel “Desenvolvimento Territorial em Campinas: Aprendizados e Futuros Possíveis”, que integrou a programação do Campinas Innovation Week, evento que aconteceu entre 9 e 13 de junho, no Prédio do Relógio, em Campinas. 

O debate contou com a presença de Rafael Moya, gerente de Desenvolvimento Territorial da Fundação FEAC, Alessandra Ribeiro, líder da Comunidade Jongo Dito Ribeiro, e Adriano Rodrigues, CEO da WorxBase. Os três convidados apresentaram informações sobre os projetos em que atuam e compartilharam aprendizados, desafios e propostas que articulam inovação, equidade e pertencimento como pilares estratégicos voltados para um futuro mais sustentável e inclusivo no território.

Rafael Moya falou sobre a importância de unir esforços entre diversos atores multissetoriais para combater as vulnerabilidades e promover o desenvolvimento territorial dando protagonismo aos moradores de cada bairro ou região. “Temos como exemplo o projeto apoiado pela FEAC que levou capacitação para jovens da periferia, que conseguiram se inserir no mercado de trabalho na área de tecnologia. Esses jovens criam ou atuam em projetos de inovação que promovem a melhoria na vida de mais pessoas, além disso o dinheiro que recebem ajuda a mantê-los na comunidade com o intuito de melhorar o padrão de vida da família. É um ciclo de evolução”.

Ele também explicou o papel da Fundação FEAC, como articuladora do ecossistema que inclui governo, academia, sociedade civil e investidores sociais visando promover mudanças profundas e duradouras em regiões de vulnerabilidade social de Campinas. “Nosso lema é conhecer, reconhecer, apoiar e potencializar”, ressaltou e completou: “Muitas vezes a gente não precisa inventar a roda, as comunidades já têm as respostas para o seu processo de desenvolvimento. O que elas precisam são de apoio e incentivo para que isso aconteça”.

A região dos Amarais, que engloba os bairros Jardim São Marcos, Vila Esperança, Jardim Campineiro e Santa Mônica, onde a FEAC executa o projeto-piloto Desenvolve Amarais, foi citada como exemplo de iniciativa que une o Terceiro Setor, o poder público e outros atores, e está aberta a inovação, assim como sua comunidade. “Ali ocorreu o empoderamento de lideranças comunitárias e os fóruns de governança para que a comunidade e os demais atores possam sentar-se numa mesa redonda e juntos, cada um com sua vocação, e articular ações para o processo de desenvolvimento do território”, explicou. 

Moya defendeu a necessidade de olhar para todos os aspectos de cada território e de enxergar o potencial de ampliar a perspectiva de desenvolvimento territorial para toda a cidade de Campinas. “Essas comunidades não estão desconectadas da cidade, assim como Campinas não está desconectada do país, que não está desconectado do mundo. Vivemos em sociedade e sabemos que as lógicas que promovem o subdesenvolvimento de comunidades são muito mais aprofundadas, mas a partir dessa estratégia de desenvolvimento territorial é nossa missão gerar um legado e acreditar que isso possa caminhar para uma sociedade mais justa e sustentável”, ressaltou e completou: “Campinas tem essa vocação para a inovação e o sucesso do Campinas Innovation Week mostra isso. A Fundação FEAC quer trazer a perspectiva da inovação social para a redução das vulnerabilidades”.

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