A pandemia levou a uma piora generalizada dos indicadores socioeconômicos no Brasil, colocando uma pressão enorme sobre os serviços de assistência social país afora.

O poder público e organizações da sociedade civil tiveram de se adaptar às restrições sanitárias, adaptando a prestação de serviços para os quais, muitas vezes, a presença é fundamental. Também tiveram de atender a um contingente ainda maior de pessoas que, afetadas pelas consequências da pandemia, passaram a precisar de auxílio.

O Projeto Gente Nova (Progen), parceiro da Fundação FEAC, trabalha com a prevenção de situações de risco social e violações de direitos de crianças, jovens e adolescentes. Antes da pandemia, atendia 2.460 pessoas. Com a crise sanitária, o atendimento foi quase todo para o on-line, e passou a incluir também as famílias dos beneficiados.

A necessidade de isolamento e a distância em relação a postos públicos de assistência social, no entanto, tornaram o Progen um dos principais locais de referência para os participantes e para a comunidade no que diz respeito a orientações, encaminhamentos para serviços, benefícios e acesso à garantia de direitos. Com isso, a organização passou a receber um novo público, chegando a mais de 18 mil pessoas sendo atendidas mensalmente.

Já a Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas teve, entre 2020 e 2021, a entrada de 5 mil novas famílias no cadastro municipal de vulnerabilidade, chegando a 90 mil.

E a perspectiva é que a alta demanda por assistência social persista. “O cenário pós-pandemia irá requerer maior financiamento das políticas públicas para atendimentos integral das famílias, pois é nítido o aumento das violências e das desigualdades. Nosso compromisso tem sido garantir direitos”, diz Marcela Egídio de Souza Ferreira, do Progen.

Insegurança alimentar

A insegurança alimentar é um dos aspectos mais aparentes do aumento da demanda por assistência social. A prefeitura de Campinas tem um projeto que distribui cartões de alimentação, criado para atender 6.500 famílias. Com a pandemia, 26.500 famílias passaram a receber o benefício.

A Fundação FEAC também reagiu ao aumento súbito de demanda por assistência, criando, em 2020, a campanha Mobiliza Campinas, que beneficiou 6.300 famílias com cartões de alimentação. A campanha está em sua segunda edição este ano, e quer beneficiar 8 mil famílias.

Sobre a Fundação FEAC

A Fundação FEAC é uma organização independente que atua em Campinas (SP) com o objetivo de contribuir para criação de uma sociedade mais justa, sustentável e com igualdade de oportunidades. Para isso, investe em ações de educação, assistência social e promoção humana com foco nas regiões e nas populações mais vulneráveis, especialmente crianças e jovens, e no impulsionamento de organizações da sociedade civil, empresas e pessoas para as causas sociais.

Mais informações

Fundação FEAC

Camila Mazin – Analista de Comunicação

(19) 3794-3523, (19) 99934-257