Começa no dia 1º de fevereiro a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência (Lei 13.798/2019). A semana foi incorporada ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e está em vigor desde 2019, visando orientar e conscientizar os jovens. Seu principal objetivo é “disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência”.
No Brasil, o índice de gravidez na adolescência é considerado alto: a taxa é de 68,4 nascimentos para cada mil adolescentes entre 15 e 19 anos, segundo o relatório da Organização Pan-Americana de Saúde (PAHO) Isso representa quase 50% a mais do que a média mundial, estimada em 46. Os números começaram a declinar na década de 2000, mas a situação ainda é preocupante: estima-se que mais de 400 mil adolescentes se tornam mães por ano no país, segundo o Ministério da Saúde. Isso significa que cerca de 18% dos brasileiros nascidos são filhos de mães adolescentes.
Programa de prevenção
Jovens Mobilizadores/as pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos é um projeto da Fundação FEAC em parceria com a ONG Reprolatina que tem como um de seus objetivos trabalhar a prevenção à gravidez na adolescência. Educadores realizam em escolas, centros de saúde e organizações da sociedade civil (OSC) de Campinas (SP), ações voltadas a adolescentes e, também, a profissionais desses espaços, visando capacitá-los sobre Educação Integral em Sexualidade para que sejam agentes de mudanças.
Observa-se também uma relação entre gravidez na adolescência e populações em situação de vulnerabilidade social. Segundo a publicação Gravidez na Adolescência no Brasil – Vozes de Meninas e de Especialistas, do Unicef (2014): 88,4% das adolescentes que não tinham filhos estudavam, enquanto somente 28,4% daquelas que tinham um filho ou mais estavam estudando. Assim, a gravidez na adolescência pode perpetuar as desigualdades sociais e de gênero.
Sugestão de fontes
Para falar sobre a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência e sobre outras questões relacionadas ao tema, sugerimos duas fontes:
- Tatiane Zamai, líder do programa Juventudes, da fundação FEAC
- Rodrigo Correia, educador e coordenador do projeto Jovens Mobilizadores/as pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos, da Reprolatina
Sobre a FEAC
A Fundação FEAC é uma organização independente que atua em Campinas (SP) com o objetivo de contribuir para criação de uma sociedade mais justa, sustentável e com igualdade de oportunidades. Para isso, investe em ações de educação, assistência social e promoção humana com foco nas regiões e nas populações mais vulneráveis, especialmente crianças e jovens, e no impulsionamento de organizações da sociedade civil, empresas e pessoas para as causas sociais.
Mais informações
Camila Mazin – Analista de Comunicação
(19) 3794-3523, (19) 99934-2578