Os atletas Odair Santos, do atletismo, Carlos Carbinatti e Joyce Oliveira, do tênis de mesa, e Daniel Dias, da natação, fazem parte da iniciativa do Governo do Estado de São Paulo
Entre os dias 7 e 18 de setembro, a Delegação Brasileira terá um reforço para atingir a meta de ficar entre as cinco melhores no quadro geral de medalhas dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Dos 278 atletas convocados, 33 fazem parte do Time São Paulo Paralímpico nas modalidades atletismo, bocha, canoagem, judô, natação, remo, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vela adaptada. No Time, a região de Campinas será representada por Odair Santos, do atletismo, Carlos Carbinatti e Joyce Oliveira, do tênis de mesa, e Daniel Dias, da natação. Mais de 4 mil atletas de 176 países são esperados para a disputa.
O Time São Paulo Paralímpico é a seleção composta por 34 atletas de elite (28 atletas e seis atletas-guia) constituída por meio de convênio assinado entre o Governo de São Paulo, através da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, e o Comitê Paralímpico Brasileiro. A iniciativa prevê ajuda de custo para atletas e treinadores, suporte para aquisição de materiais esportivos e gastos com viagens em competições.
Entre as principais conquistas, Odair Santos, de Limeira, além de recordista mundial nos 800m (1m58s47) na classe T11, levou ouro nos 1.500m nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto-2015; ouro nos 1.500m no Mundial de Atletismo de Doha-2015; ouro nos 800, 1500 e 5000 no Mundial de Atletismo de Lyon-2013 e prata nos 1500m nos Jogos Paralímpicos de Londres-2012. Aos 9 anos, uma retinose pigmentar começou a tirar a visão de Odair. Aos 10, passou a correr, mas parou aos 17. Aos 22, voltou às pistas e logo conquistou medalhas e recordes mundiais na classe T12. Em 2010, o atleta foi reclassificado para T11 (perda total de visão).
No tênis de mesa, Carlos Carbinatti, de Rio Claro, teve paralisia cerebral por falta de oxigênio no parto. Começou no tênis de mesa na adolescência, em 1998, nos intervalos das aulas e em 1999 começou a competir. Em 2008, teve sua estreia no esporte paraolímpico e levou ouro no individual e por equipes nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015; ouro no individual e por equipes nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara 2011.
Outra atleta do tênis de mesa é a Joyce de Oliveira, de Jundiaí, que entre as principais conquistas, estão: ouro no individual e prata por equipes nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015; ouro no individual e prata por equipes nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara 2011 e bronze por equipes nos Jogos Parapan-Americanos do Rio 2007. Um desabamento da cobertura de uma parada de ônibus deixou Joyce paraplégica em 2002. Enquanto fazia tratamento em Brasília, conheceu o tênis de mesa como forma de reabilitação. Quando voltou a São Paulo, começou a praticar a modalidade.
Na natação, o atleta de Campinas Daniel Dias contabiliza oito medalhas de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015; sete medalhas de ouro e uma de prata no Mundial de Glasgow 2015; seis ouros e duas pratas no Mundial de Montreal 2013; seis ouros nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, entre outras vitórias. Daniel nasceu com má formação congênita dos membros superiores e da perna direita. Destaque em competições desde 2006, época do seu primeiro Mundial, Daniel já recebeu o troféu Laureus, considerado o “Oscar do Esporte”, por três vezes: em 2009, 2013 e 2016.
Em 2012, nas Paralimpíadas de Londres, o Brasil conquistou a sétima colocação no quadro geral, somando 43 medalhas, sendo 21 de ouro, 14 de prata e oito de bronze. Desse total, 25 vitórias foram de integrantes do Time São Paulo Paralímpico, sendo 16 de ouro, 6 de prata e 3 de bronze, nas modalidades atletismo, natação, bocha e judô.
Outra importante ação no esporte que recebe destaque no Governo do Estado de São Paulo é a criação do Centro de Treinamento Paraolímpico Brasileiro. Com área total de 95 mil m², o centro de referência está entre os quatro existentes no mundo e abriga 15 modalidades (atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, golbol, halterofilismo, judô, rúgbi, tênis, tênis em cadeira de rodas, triatlo e voleibol sentado). O espaço receberá atletas olímpicos e paralímpicos para aclimatação.