A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) chega neste 5 de outubro aos 50 anos como uma instituição jovem, mas com forte tradição no ensino, na pesquisa e nas relações com a sociedade. Abriga atualmente 8% da pesquisa acadêmica brasileira e 12% da pós-graduação nacional. A marca de mil patentes alcançada em julho reafirma sua importante atuação na área de tecnologia e inovação. As conquistas realizadas ao longo de cinco décadas renderam à universidade os primeiros lugares em rankings reconhecidos internacionalmente. Uma cerimônia, às 18h desta quarta-feira, celebra todas essas conquistas da Unicamp e marca o encerramento das comemorações dos 50 anos.
Na área do ensino e pesquisa, a Unicamp lidera o ranking nacional per capita de publicações científicas nas revistas internacionais catalogadas. Segundo o reitor José Tadeu Jorge, se a produção acadêmica for calculada pelo desempenho de cada pesquisador, a Unicamp é, atualmente, a mais produtiva universidade brasileira. Inúmeras pesquisas e trabalhos desenvolvidos na universidade alcançaram repercussão nacional e trouxeram impactos significativos na vida dos brasileiros, como é o caso do desenvolvimento da primeira fibra ótica nacional (1979) e do sequenciamento genético da levedura Saccharomyces cerevisiae, que responde por 30% da produção de etanol no Brasil (2009).

Da Unicamp saem, anualmente, 800 doutores formados para multiplicar conhecimento e levar a ciência para os quatro cantos do mundo. Em cinco décadas, foram formados pela Unicamp mais de 65 mil profissionais na graduação. No campo da inovação tecnológica, a universidade alcançou mil patentes vigentes. Deste total, 125 estão licenciadas a empresas. Entre os casos de maior destaque figuram o teste de surdez genética, que permite detectar a deficiência auditiva em recém-nascidos.

Para o reitor Tadeu Jorge, todas conquistas apontam para o inequívoco amadurecimento institucional. Ele ressaltou que os resultados alcançados nestes 50 anos são resultados do esforço de toda uma comunidade integrada por docentes, funcionários e estudantes.
Comemorações
As comemorações do cinquentenário da Unicamp começaram em outubro de 2015, sob a coordenação da professora Ítala Maria Loffredo D’ottaviano, e reuniram uma série de eventos.
Uma Sessão Extraordinária do Conselho Universitário da Unicamp, às 18h de quarta-feira, no Centro de Convenções da universidade, marca o encerramento das comemorações. “Já tivemos muitas comemorações artísticas, culturais e científicas ao longo do ano. Nesta quarta-feira será uma celebração mais formal. Teremos uma fala do reitor, minha, enquanto presidente da comissão Unicamp Ano 50, uma apresentação de dois grupos da orquestra sinfônica da Unicamp, do Coro Contemporâneo e do Coral Zíper na Boca”, afirmou Ítala.
Zeferino Vaz, presidente da comissão de fundação, no ato de instalação da pedra fundamental

O evento, aberto ao público, contará com a participação do professor Fernando Coelho, que coordena a mostra de arte, ciência e tecnologia virtual da Unicamp. A mostra apresenta a história da Unicamp e de cada um dos órgãos que a compõe, especificando os resultados inovadores, principais projetos de pesquisa. O trabalho estará acessível na entrada do Centro de Convenções. A professora Ítala afirmou que todos os eventos realizados sempre procuraram ressaltar a qualidade do ensino e pesquisa, além da originalidade e criatividade ao longo dos 50 anos.

“E fundamentalmente salientando a preocupação da universidade com o seu compromisso social. Vários eventos procuraram ressaltar a presença da Unicamp como universidade pública em Campinas e no País”, afirmou.
EVENTOS
Outros dois eventos dos 50 anos serão o Fórum Internacional de Ginástica para Todos, de 13 a 16 de outubro, na Faculdade de Educação Física da Unicamp e Sesc Campinas. O Colóquio Universidade e Ensino — com o reitor José Tadeu Jorge — será das 9h às 13h do dia 21, no Salão Nobre da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP). Av. Limeira, 901, Areião – Piracicaba. Mais detalhes no site: www.50anos.unicamp.br.