No último 2 de julho, entidades conveniadas e não conveniadas à Fundação FEAC participaram do programa Assessorias Coletivas que deu enfoque aos fundamentos e planos de trabalho voltados às políticas públicas sobre a infância e adolescência.  O evento foi promovido, pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) com o apoio do Departamento de Assistência Social da FEAC,  com opções no período da manhã e à tarde,.

A palestra foi ministrada pelo teólogo, educador Djalma Costa que provocou os participantes falando sobre o desassossego de que “uma visão colorida nem sempre reflete a poesia que se gostaria”.  O planejamento de trabalho deve ser realizado depois de se conhecer o território onde a organização social está localizada, pois ela nasce da necessidade da comunidade. “Uma organização social é um sujeito político e jurídico autônomo e essa autonomia tem que estar presente o tempo todo”, destacou o educador. O consultor Djalma Costa foi presidente do CMDCA de São Paulo e atualmente, representando a Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente (ANCED), e faz parte do Conselho Nacional do Conselho Nacional da Criança e do Adolescente (CONANDA que, dentre outras funções, coordena a Comissão de Orçamento e Finanças deste órgão.

Segundo o presidente do CMDCA, Rodrigo Otávio Teixeira Neto, que também atua como membro do Conselho Curador da FEAC e presidente da Centro Promocional Tia Ileide (CPTI) é fundamental que as organizações registradas no CMDCA tenham consciência de como elaborar um plano de trabalho bem fundamentado no qual os objetivos estejam claros, com metas estabelecidas perante os resultados almejados pela instituição. “É muito importante fazer essa reflexão antes de montar o plano de trabalho para saber se o que se está fazendo está atendendo a necessidade daquela comunidade”, enalteceu.

Rodrigo Otávio, contextualizou a participação da FEAC neste evento destacando seus recursos humanos especializados e a condição de encontrar na sociedade pessoas que possam contribuir para esse debate e trazer a qualificação necessária para que o plano de trabalho seja feito de maneira efetiva e tenha resultados melhores. “Se tivermos clareza do que fazemos, fazemos com mais gosto e o resultado será importante tanto para o público atendido quanto para quem os atende”, concluiu.

O primeiro momento da Assessoria Coletiva procurou dar ênfase aos aspectos legais, tendo como base os principais marcos regulatórios que abordam a  política da infância e da adolescência, dentre eles: Constituição Federal –  CF (1988); Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (1990); Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (1993); Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN (1996), dentre outros que, de forma sistêmica e transversal, esclarecem e  apresentam os fundamentos e os principais conceitos e concepções para que as organizações executem seus Serviços com crianças e adolescentes.

Segundo Claudio Roberto Raizaro, assessor técnico do Departamento de Assistência Social da Fundação FEAC, que também faz parte do Conselho do CMDCA como representante da sociedade civil, com este subsídio teórico/conceitual, as instituições têm agora uma motivação tarefa fundamental a realizar, ou seja, elaborar/reelaborar seus planos de trabalho na perspectiva de pensar e repensar suas práticas baseadas nas reflexões feitas pelo consultor. “Visando subsidiar as organizações nesse aspecto agora mais prático, a Fundação FEAC, no segundo momento dessa Assessoria, irá promover oficinas para as organizações com o objetivo de esclarecer as principais dúvidas dos itens concernentes à elaboração do Plano de Trabalho na linha de uma formatação técnica e consistente das suas ações previstas”, completou.

Nesse sentido, a assessoria proporcionou um espaço formativo, de trocas de experiências, de escuta, de apoio e de orientação aos profissionais das organizações que pensam e escrevem os seus planos de trabalho e projetos, com a proposta de alinhá-los às prioridades de atuação definidas pelo CMDCA qualificando, assim, a política da infância e do adolescente em nosso município.