A recuperação escolar como uma forma de promover a reapropiação do conhecimento do aluno. Este foi o pronto central discutido durante o último Encontro de Formação do eixo Ensino e Aprendizagem do projeto FEAC na Escola, que teve como tema “Afinal, quais mecanismos de recuperação adotamos?” e foi comandado pela especialista Flávia Vivaldi na manhã desta quinta-feira, dia 9 de junho na Fundação FEAC.
O FEAC na Escola vem promovendo vários Encontros de Formação com profissionais das escolas que participam do Projeto, com o objetivo de compartilhar conhecimentos e reflexões sobre o trabalho junto aos professores e alunos. “Nós começamos trabalhando com a questão do planejamento, de como podemos otimizar o trabalho da coordenação pedagógica com estratégias e objetivos bem definidos. Em seguida discutimos o processo de avaliação e seus tipos, e para encerrar, o assunto discutido foi a recuperação: o que é em termos de conceito e qual recuperação de fato incide sobre a reapropriação do conhecimento”, explicou Flávia Vivaldi.
Durante o Encontro, a especialista abordou os tipos de dinâmicas que se pode adotar nas escolas para que o processo de recuperação não fique pautado somente na recuperação de notas para promoção do aluno, mas tenha o foco na aprendizagem cooperativa, que segundo ela, é o conceito que se preocupa com a construção do conhecimento e com a correponsabilização dos alunos nesse processo.
Para Cláudia Chebabi, supervisora do FEAC na Escola, os Encontros de Formação do eixo de Ensino e Aprendizagem são concluídos em uma perspectiva que busca entender a recuperação como um processo contínuo, por meio dos grupos cooperativos e não limitado às práticas individuais ou competitivas. “Dessa maneira, o foco do professor concentra-se na aprendizagem dos alunos, onde todos estão incluídos neste processo, corroborando na efetivação do princípio do Projeto, onde todo aluno é capaz de aprender”, explicou.
Com o fechamento das formações do eixo Ensino e Aprendizagem, o trabalho agora deve ter continuidade nas unidades escolares com estudos e a prática das ações pedagógicas. “O desafio agora das assessoras do FEAC na Escola é pensar junto com a equipe pedagógica de cada unidade, como a teoria discutida será praticada nos espaços coletivos escolares, e consequentemente, com os professores, para que haja outras perspectivas de trabalhos com alunos”, afirmou Cláudia Chebabi.
Engajamento
No eixo Ensino e Aprendizagem, os Encontros de Formação foram destinados a professores-coordenadores das escolas estaduais que fazem parte do FEAC na Escola, que participaram das formações de maneira engajada e comprometida com a causa educação. “Em todos os momentos de debate com o grupo foi possível perceber não só a preocupação, mas também a apropriação dos assuntos abordados e o fato de que eles estão colocando em prática o que discutimos. É uma turma que enfrenta os desafios do dia a dia escolar e percebem na dinâmica da escola e na própria prática, aquilo que pode ser aprimorado. Assim, eles só têm a progredir”, elogiou Flávia Vivaldi.
Simone Nunes Alcântara, professora-coordenadora da EE Álvaro Cotomacci, busca agora como adaptar as práticas propostas nos Encontros com a realidade e necessidade da escola. “As formações das quais participei acrescentaram muito em minha vida profissional. Saio daqui bastante motivada a buscar, por meio de estudos e pesquisas, complementar o que a Flávia passou pra gente. Meu desafio agora é reverter positivamente para a escola tudo que foi discutido aqui, pensando em formações para os professores que levem em conta nossos obstáculos cotidianos”, disse.
Com o fim das formações dos eixos de Ensino e Aprendizagem e Gestão de Pessoas e Processos, o FEAC na Escola planeja agora um novo ciclo de Encontros de Formação do eixo Relação com a Comunidade, que será iniciado no segundo semestre.