(Por Ingrid Vogl)

A partir desta semana, o residencial Vila Abaeté começa a vivenciar a etapa prática das ações que ao longo dos últimos meses veem sendo desenvolvidas com objetivo de incentivar comunidades empreendedoras e a cidadania ativa por meio do fortalecimento de vínculos. As oficinas Beneart Canaã e Dance, Cante e Crie começaram a ser oferecidas aos moradores dos condomínios que compõe o Abaeté neste dia 27 de fevereiro.

As iniciativas foram idealizadas por moradores do residencial e pretendem fortalecer ainda mais as relações entre a comunidade. As duas propostas foram fomentadas e orientadas por meio do projeto Escola de Transformação, do Instituto Elos, que incentiva ações comunitárias que envolvem formação, realização e mobilização nos conjuntos residenciais Sirius, Abaeté e Bassoli em Campinas/SP.

Inicialmente, as oficinas serão oferecidas nos salões de festa dos condomínios 2 e 7 do residencial, mas a previsão é que até junho, as ações comecem a ser desenvolvidas na sede da Associação de Moradores a ser construída graças a investimentos de cerca de R$ 80 mil da Fundação FEAC, por meio do seu Programa Desenvolvimento Local, em parceria com o Instituto Elos.

Segundo Viviane Nale, líder do Programa Desenvolvimento Local, as oficinas são momentos para que a comunidade conviva e fortaleça vínculos. “Certamente, a construção da sede da Associação de Moradores irá favorecer ainda mais esses encontros. Além de todo o projeto ter uma construção participativa e promover desde sua idealização o senso coletivo, o ambiente irá pertencer a todos os moradores. Isso une e proporciona o pertencimento”, avaliou.

O prédio será construído no sistema de lazer 01 do residencial Abaeté, que em fevereiro, recebeu um mutirão formado por moradores da região. Eles criaram um jardim e um parque com brinquedos e mesas de jogos ao lado da área destinada à construção da Associação de Moradores.

Expectativa

Na noite de 27 de fevereiro, no Salão de Festas do Condomínio 7 da Vila Abaeté, teve início a ação Brincando com Alegria, que tem como proposta atender 20 crianças de 7 a 12 anos e oferecer um momento de brincadeiras, musicalização, teatro e contação de histórias. A ideia é que a partir do primeiro encontro, seja planejado o calendário da oficina ao longo do ano.

“Estou feliz por poder ajudar a comunidade com aquilo que sei fazer. Espero que tudo dê certo e que as crianças saiam com o gostinho de quero mais. De minha parte, farei o possível para que isso aconteça”, disse Monica Sanches Lobato, responsável pela oficina que faz parte do projeto Dance, Cante e Crie.

Já a oficina Vivência e Artesanato, que também é uma ação dentro do Dance, Cante e Crie, será comandada por Elenita F. da Silva e está prevista para ser iniciada no dia 3 de março, das 10h às 12h, no Salão de Festas do Condomínio 2 da Vila Abaeté. Inicialmente, a oficina pretende atender 15 pessoas.

Segundo Elenita, a proposta é compartilhar conhecimento em várias técnicas de artesanato, como pintura, ponto cruz, crochê e outras. “Sempre tive prazer em fazer artesanato e para isso, fiz vários cursos. Agora, quero passar esse conhecimento às outras pessoas que podem criar por prazer ou até mesmo para gerar renda”, afirmou.

Culinária

A partir do dia 24 de marco, das 14h às 18h, no Salão de Festas do Condomínio 7, será oferecida a oficina BeneArt Canaã, pelas irmãs Márcia e Vilma Raymundo. A iniciativa pretende apresentar os moradores ao mundo da culinária e ensiná-los a criar massas, bolos, tortas e salgados, principalmente voltado à geração de renda. A princípio, cerca de 10 pessoas devem participar da oficina.

O nome do projeto que originou a oficina é uma homenagem à mãe Benedita, que quituteira de mão cheia, ensinou Márcia e Vilma tudo que as irmãs pretendem compartilhar de conhecimento durante a iniciativa.

“Estamos felizes em ter a oportunidade de ensinar um pouco de tudo que herdamos de conhecimento de nossa mãe. Nossa expectativa é grande, porque queremos ajudar as pessoas com o que mais gostamos de fazer. Futuramente, pretendo fazer um curso de culinária para me aperfeiçoar”, afirmou Vilma.

Márcia também está feliz com a concretização do projeto criado por ela e a irmã. “No início, não acreditávamos muito que nossa ideia sairia do papel. Mas com orientação e apoio do pessoal da Elos, estamos prestes a colocar em prática nosso sonho. Estamos muito confiantes de que tudo dará certo”, concluiu.

No início, as irmãs vão usar os próprios utensílios domésticos para oferecer a oficina, até que a ação comece a ser desenvolvida no prédio da Associação de Moradores. “Queremos começar antes mesmo da construção do prédio para não perdemos o pique”, justificou Vilma.

Saiba mais sobre o Instituto Elos: institutoelos.org