Organizado pela Associação Bahiana de Equoterapia (Abae) com parceria da Polícia Militar da Bahia e de estudantes de fisioterapia da Universidade Federal da Bahia (UFBa), o projeto se baseia na talassoterapia, que inclui atividades lúdicas para crianças e adolescentes com deficiência visando a inclusão social.

Maria Cristina Guimarães Brito, superintendente da Abae, explica que o projeto complementa a equoterapia e tem como símbolo o cavalo marinho e surgiu de forma descompromissado quando ela estimulava o filho Iuri, que nasceu com paralisia cerebral, em atividades na praia de Ondina. Iuri tem atualmente 36 anos, é formado e pós graduado em publicidade e é  funcionário do CCR Metrô Bahia.

Iniciado em junho último e realizado a cada 15 dias, esta é a terceira vez que o projeto acontece na Ribeira. A programação inclui ainda as praias de Itapuã, Paripe, Ondina e Piatã, oferecendo apoio e orientação aos pais.

“O projeto tem apoio de uma  equipe multidisciplinar e oferece os meios para a família aproveitar todos os recursos oferecidos pelo mar, como estimulação precoce, interação com a comunidade, banho assistido em cadeiras anfíbias, atividade na prancha de stand-up, treino de marcha das crianças que não andam e piscina de bolinhas para estimular a coordenação motora, futebol na areia.

Parcerias

A associação atende 131 crianças e adolescentes com atividades de equoterapia e mantém atividades com outras 240 através de suas comunidades. O capitão Rafael Resende coordenava no local as atividades da PM, parceira da Abae desde a criação da associação, há 23 anos, e se une a luta pela inclusão social de pessoas com deficiência, explicou o militar.

Além do policiamento especifico feito por dois policiais a cavalo, a Cavalaria da PM apoia na logística do transporte de pranchas de stand-up, cadeiras anfíbias, botes e tendas articuladas, entre outros equipamentos. De forma complementar os alunos do Colégio Militar de Salvador  desenvolvem atividades de musicoterapia com os participantes, com canção executadas com voz e violão na areia.

Michele Bernardone Sacheto, coordenador do curso de fisioterapia da UFBa, explica que, como instituição federal,  a unidade trabalho na integração da atividade acadêmica com a comunidade. Ela diz que o projeto vai além da perspectiva terapêutica propiciando a participação de 30 estudantes do 7º semestre com pacientes e suas família.

“Vai além do olhar terapêutico, incluindo atividades prazerosas e várias linhas de cuidado”,  destaca Michele Sacheto. “Os alunos já estudam disciplinas de fisioterapia pediátrica e hidrocinesioterapia, estando aptos para aplicar este conhecimento. Junto com as atividades que propiciam a ludicidade na areia e no banho de mar, o objetivo é a extração do melhor movimento nestes ambientes”, esclarece a professora.

Fonte: Jornal A Tarde