FEAC: como uma fundação do terceiro setor está se renovando e engajando sua equipe com gamificação e boas práticas de gestão de pessoas e engajamento interno

Fazer dos colaboradores embaixadores da cultura e valores de uma marca é um desafio para qualquer empresa. Esse desafio também está presente em organizações do terceiro setor. O fato de que essas organizações têm o impacto social como seu “negócio”, traz uma responsabilidade ainda maior de transparência e efetividade.   

Nesse sentido, as organizações do terceiro setor podem ensinar às empresas e também aprender sobre como construir, sedimentar e disseminar, internamente, a missão de uma organização, seja ela pública ou privada e independente de sua atividade fim.

Em seu ano de aniversário, a Fundação FEAC lança uma série de ações que visam não apenas celebrar seus 60 anos de história, mas direcionar seu olhar para o futuro, tendo como base o aprimoramento organizacional e o engajamento de equipes dentro dos princípios das boas práticas de gestão e engajamento interno.

A gamificação, uma ferramenta cada vez mais reconhecida por sua capacidade de engajar e promover insights valiosos, será central nas atividades. Por meio de uma série de estímulos e dinâmicas, os colaboradores serão convidados a refletir sobre a jornada da FEAC, revisitando suas origens, avaliando o presente e projetando o futuro, enquanto exploram maneiras de renovar e fortalecer a identidade da Fundação.

A primeira ação, em 26 de abril, véspera do aniversário da FEAC, vai envolver ativamente os 65 colaboradores de todos os setores, incluindo as lideranças, que se reunirão em local bastante significativo: o casarão histórico que foi sua primeira sede. A proposta é ter grupos heterogêneos, com representantes das diversas áreas da organização, em um jogo de perguntas e respostas sobre a trajetória da Fundação FEAC, incentivando a colaboração, a participação e a tomada de decisões em conjunto, com senso de pertencimento e autorresponsabilidade. 

A dinâmica começa com a formação e a escolha dos nomes desses grupos a partir de dois eixos de valores: o que os participantes entendem como um valor essencial nesses 60 anos e outro que consideram importante ser incorporado. “A gamificação traz, de uma forma leve, momentos ricos de insights, tanto para a evolução da cultura como para a marca da Fundação FEAC”, afirma Silvia Ferraz, gerente de Recursos Humanos da instituição. 

Esses insights são particularmente importantes neste momento da Fundação que é organização independente e apoia projetos por meio do investimento social privado na região de Campinas. “Estamos em uma fase de muitas mudanças que precisam ser bem trabalhadas internamente para trazer mobilização e não resistência”, diz Claudia Sérvulo Dias, gerente de Comunicação. “Nosso objetivo é realizar um evento leve, mas provocativo, que não apenas celebre nosso passado, mas também nos direcione para o futuro, mantendo nossa essência e impulsionando ainda mais a nossa relevância não só em Campinas, mas em outras localidades também, por meio de trocas de práticas e compartilhamento de nossas tecnologias sociais e atuação junto à colaboradores.”

Com base em uma Teoria da Mudança, a Fundação está reorganizando sua atuação neste ano para aumentar seu impacto e alcançar a meta de bem-estar social equitativo, tendo como pontos centrais a inovação, a cidadania ativa e o envolvimento comunitário. “É isso que queremos também internamente nas nossas equipes, que cada um seja protagonista, tenha um papel ativo, articulando com os demais, que seja um agente de transformação social na sua comunidade, e organização, afinal organizações também são comunidades, de alguma forma”, afirma Claudia.

Para isso, todos precisam conhecer o que está sendo feito, tanto quem atua na linha de frente dos projetos sociais como os que trabalham nas áreas financeira e administrativa. Isso envolve muitas vezes um olhar de aprendiz, flexibilidade, capacidade de adaptação, agilidade e resiliência, aspectos que serão trabalhados de forma lúdica no game. “Às vezes, a pessoa está envolvida, mas não está ainda conectando as mudanças. Para onde ir? Como ir? O game vai tornando mais claro. E as equipes vão construir alguns caminhos juntas, a partir das percepções de cada um, de forma muito rica e verdadeira”, diz Silvia.

Após a gincana, os grupos participarão de um workshop sobre branding, também com jogos e exercícios, em que poderão expressar como veem a Fundação a partir de arquétipos e refletirão sobre cultura e comportamentos associados e os desejados. Depois, brindarão os 60 anos em um coquetel, quando terão a oportunidade de conversar e tirar dúvidas em um ambiente informal, com o diretor executivo da Fundação FEAC, José Roberto Dalbem, e com o presidente do Conselho Curador, Renato Nahas.

Ao final, todos receberão um novo crachá celebrativo dos 60 anos e um folder com os principais pontos da Teoria da Mudança com o convite para que participem e enviem qualquer questão que ainda tenham, para que seja respondida em uma seção de “perguntas e respostas” (Q&A) na intranet da organização. O repositório será alimentado periodicamente.

Essa comunicação horizontal é parte importante das políticas de RH da Fundação. O evento, afirma Silvia, será um ponto de partida e se desdobrará em várias frentes, com um grupo de trabalho para a consolidação da cultura da organização e do posicionamento da marca.

Haverá bate-papos com o diretor-executivo a cada dois meses, dos quais também serão convidados a participar representantes de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) parceiras da Fundação FEAC, especialistas nos temas dos projetos apoiados e beneficiários finais – pessoas que tiveram suas vidas transformadas a partir desse trabalho. “Esse é um valor que a gente quer ter: compartilhar informação, todo mundo saber o que está acontecendo, que movimento a gente está fazendo e o impacto que estamos gerando”, diz Silvia.

As ações de RH e Comunicação, incluirão ainda o impulsionamento do programa de visitas quinzenais de grupos de colaboradores às OSCs apoiadas e a realização de dinâmicas nos períodos que antecedem datas comemorativas relacionadas a causas apoiadas pela Fundação FEAC . A próxima dinâmica, por exemplo, terá como foco o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio.

“Sempre fazemos campanhas externas sobre os temas relacionados aos nossos projetos. Por que não fazer campanhas internas? Vamos ter também um exercício com uma organização parceira para as equipes entenderem o que é essa data, a relevância dela. Os colaboradores são agentes e embaixadores da transformação que queremos provocar na sociedade precisamos apoiar para que estejam preparados para falar sobre as causas que defendemos e nas quais atuamos”, destaca Claudia.

A conexão entre os propósitos e a organização interna, ressalta a gerente de Comunicação, é um ponto essencial nesse processo e se relaciona estreitamente com as características da própria Fundação. Diferentemente de muitos outros institutos e fundações, a FEAC não é um braço social de um conglomerado nem está atrelada a uma empresa. É uma organização com uma forte governança e com práticas de gestão empresarial, mas que tem como foco exclusivo e único a atuação social. A missão principal definida na Teoria da Mudança – o bem-estar equitativo – é um valor indissociável também na relação com e entre os colaboradores.

“Nos termos do ESG, é o S interno potencializado com uma atuação fortíssima do S externo, fomentado por um modelo de melhores práticas do G, de gestão e governança”, diz Claudia. “A gente quer que o colaborador se sinta bem, sinta que faz sentido, que ele participa, que ele teve o que dizer e teve o canal aberto para dizer. Que haja bem-estar interno, um senso de co-construção, de pertencimento, trazendo também para dentro da Fundação sua causa e propósito.”

Pesquisa realizada pela plataforma TalentLMS mostrou que a gamificação nos ambientes corporativos proporciona exatamente esses resultados: faz com que as equipes se sintam mais conectadas socialmente e proporciona significado. Nove entre dez pessoas ouvidas no levantamento afirmaram que se sentem mais felizes no trabalho. 

Sobre a Fundação FEAC

A Fundação FEAC é uma organização independente que atua há 60 anos em Campinas (SP) com o objetivo de contribuir para a criação de uma sociedade mais justa, sustentável e com igualdade de oportunidades. Para isso, investe em ações de educação, assistência social e promoção humana com foco nas regiões e nas populações mais vulneráveis, especialmente crianças e adolescentes, e no impulsionamento de organizações da sociedade civil, empresas e pessoas para as causas sociais. A FEAC investe em projetos próprios e de outras organizações da sociedade civil, movimentos sociais e grupos populares que tenham relação com suas linhas estratégicas e objetivos. As atividades são financiadas por recursos da fundação e por parcerias institucionais. 

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Adriana Villar | PrimaPagina

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