Faltam poucos dias para o término das inscrições para a 23ª edição do Prêmio FEAC de Jornalismo: quem não se inscreveu, tem até o dia 13 de outubro para submeter a sua reportagem. O tema da edição 2023 é Iniciativas que transformam territórios.

A retomada da premiação, interrompida por três anos, vem valorizar o trabalho jornalístico e incentivar as coberturas de temas sociais, destacando boas histórias e iniciativas que fizeram a diferença na vida das pessoas no município, especialmente nas áreas mais vulneráveis.

Esta edição trouxe de volta a categoria Produto Universitário, que irá premiar estudantes de Jornalismo que residem na Região Metropolitana de Campinas (RMC).

Profissionais de jornalismo podem participar em uma das quatro categorias, com prêmio de R$ 5 mil: Televisão, Jornalismo On-Line, Mídia Impressa e Rádio. Os estudantes concorrem a uma premiação de R$ 3 mil.

Os trabalhos precisam ter sido veiculados e/ou publicados no período de 13 de outubro de 2022 a 13 de outubro de 2023 e o regulamento pode ser consultado no site. O anúncio dos finalistas e a cerimônia de entrega dos prêmios serão nos dias 10 e 24 de novembro, respectivamente.  

O Prêmio FEAC de Jornalismo foi criado em 1998 e tem o compromisso de reconhecer o trabalho realizado por profissionais de comunicação na cobertura de temas relacionados a cidadania e ação social em Campinas.

Temas propostos incentivam a ir além do factual

Carol Rodrigues, jornalista, radialista, gestora de conteúdo da Rádio CBN Campinas e vencedora do Grande Prêmio FEAC, em 2017

Carol Rodrigues, apresentadora do CBN Campinas, da Rádio CBN  

Veterana da premiação, a jornalista Carol Rodrigues, 42 anos, é apresentadora do Programa CBN Campinas da rádio CBN, emissora do Grupo EP. Em 2017, ela ganhou o Grande Prêmio FEAC com uma série de três reportagens que abordavam o crescimento dos casos de suicídio no Brasil, apontava caminhos para a prevenção e mostrava o trabalho voluntário desenvolvido pelos Centros de Valorização da Vida (CVV), que atuam no Brasil desde a década de 1960.

Ao retratar uma iniciativa importante, que partiu da Vila Brandina, uma comunidade pobre de Campinas, ela arrebatou outro prêmio, em 2013. Foi a história de um grupo de jovens talentosos, mas sem recursos para fazer o que mais gostavam: praticar o badminton. Com apoio de um projeto social e de voluntários, eles formaram um time e conquistaram títulos em campeonatos nacionais e internacionais.

O prêmio FEAC tem um sentido ainda mais importante para Rodrigues: “Passei por um período muito difícil na carreira, em que o prêmio, este reconhecimento, me estimulou e me deu fôlego para continuar e não desistir”, conta a jornalista. “A proposta das premiações também abriu meus olhos para um mundo, um universo de pessoas que realmente mudam a realidade nas comunidades e que muitas vezes não são notícia”, afirma. Ela considera que os temas propostos nos prêmios provocam o profissional a ir além do factual e perguntar: Por que não noticiamos essa história ainda?

Serviço

Prêmio Fundação FEAC de Jornalismo

Inscrições até 13/10.

Mais informações em premiofeac.org.br

Por Natália Rangel