O trabalho voluntário de uma farmacêutica tem feito diferença para muitos pacientes da cidade de Fernandópolis (SP). Com uma ideia simples ela os ajuda a tomar os remédios no horário certo. Há seis anos a farmacêutica Aline Romero Martins Tomazini encontra rapidamente os remédios na farmácia do posto de saúde da cidade e atende aos pacientes com dedicação.
Durante este período, ela percebeu a dificuldade de alguns em seguir as determinações das receitas médicas. Por isso, teve a ideia de ajudar esses pacientes na organização dos comprimidos.
“Quando cheguei para trabalhar na unidade, já fazia o trabalho para dois pacientes de separar a medicação no potinho. Eu via a dificuldade do paciente com aquele potinho, porque às vezes ele ia ao médico e não sabia falar o medicamento que tomava porque ficava tudo misturado no potinho”, conta
Entre um atendimento e outro, ela se dedica na fabricação das caixinhas. Primeiro organiza os horários, com o nome de cada remédio e depois os separa por bolinhas coloridas. “Eu uso o amarelo que indica o sol, o período da manhã. O laranja uso para indicar o horário do almoço e à tarde. Já o azul indica que é para tomar o medicamento à noite. O meu melhor pagamento é ver que o paciente está feliz. Acima de tudo, que ele melhorou”, diz Aline.
Em alguns casos, a farmacêutica tem o cuidado de por uma figurinha, para deixar claro se é melhor tomar o remédio antes ou depois das refeições. Aline faz tudo sozinha e vai pessoalmente entregar a caixinha aos pacientes. O pedreiro Antonio Amancio de Paula procurou a farmacêutica porque estava com dificuldade para medicar a mulher dele, Leonina, de 73 anos. Ela tem vários problemas de saúde e não pode ficar sem os remédios. “Eu estava tendo dificuldade de dar o medicamento certo na hora certa, ficava na dúvida, com esta caixinha ajudou, ficou melhor”, afirma.
Há um ano, ficou mais fácil para o aposentado José Antonio Pereira seguir o tratamento médico e a organização dos comprimidos faz toda diferença na saúde dele.
Ele toma seis medicamentos por dia e, vez ou outra, trocava a ordem dos remédios, errava os horários e a organização ficava por conta da mulher, a dona de casa Célia da Silva Messias Pereira, que resolveu procurar Aline para organizar as remédios. “Quando ele teve um AVC trocava os remédios. Depois que ela organizou a caixa, nunca mais ele ficou ruim igual ele ficava indo no médico.” A iniciativa da Aline se espalhou entre os pacientes do postinho e sempre tem gente em busca de uma caixinha personalizada. Aline chega a fazer de quatro a cinco caixas por mês.
Fonte: G1